Respeite o tempo. Possivelmente eu mudei de opinião.

domingo, março 13, 2011

Vai embora saudade. Vai!

Os dias passam rapidamente e eu sigo uma solidão tranqüila. As tarefas que surgem ao decorrer de cada dia, concluo com perfeição. Concentro-me. E não quero olhar ao canto dos olhos. Pois quando o sol se põe, e a lua aparece anunciando a noite. Há um sentimento, qual não sei se posso chamá-lo “saudade”, que aperta o peito e me domina. Que faz-me voltar no tempo, reviver todas as recordações, encontrar um motivo. Quebro a cabeça e não acho o ponto onde nos perdemos. Aquele maldito clichê que todos vivem por não dizê-lo, fez-se real: “éramos felizes e mal sabia-se”. Mal sabia que, a vida trataria de por tudo de pernas para o ar, e mudar aquilo que nem soube existir.
Choro uma tristeza sem lágrimas. Escrevo sem muitos propósitos, –, já sei que tu não irás ler. Corrói-me um ciúme indesejável. E, todas as vezes que o telemóvel põe-se a tocar, fecho os olhos e sonho que és tu querendo ouvir-me a voz. Pois não és.
Espero atentamente por um sinal, uma mensagem, um grito pedindo a minha volta. Espero qualquer coisa, qualquer palavra, qualquer mentira...
Meu amado, – os dias não estão sendo-me fáceis. Problemas os invadem, tomam conta de minhas manhãs e tardes, e enchem-me de tristezas. E quando o escuro da noite vem assombrar-me, tu não estás mais ali para me acalmar. Porque, já lhe disse: ao teu lado tudo me parece mais fácil. Esqueço o inevitável e entrego-me a ti com verdade.
Não sei ao certo se sinto falta do teu amor. Não sei ao certo se sinto falta de você. Sei, com certeza, que sinto falta da paz que me trazias, –, assim, sem querer... Então, ao balanço do silêncio da noite, escuto canções – melodias de letras tão doces – que me trazem você. Já peguei-me lendo minhas próprias resenhas, tentando reviver meus próprios sentimentos, – sabendo, que cada palavra de amor – lhe descrevia.
Tratei de sonhar outro futuro, e lhe tirar do mesmo. Agora sinto medo de lhe ter de volta em minha vida. O vazio, por mais doloroso, já não enfrenta decepções. E me decepcionei tanto! Tanto!
Às vezes, bato minha mão ao peito com a certeza de que te levei ao esquecimento. Noutras vezes, esta maldita saudade me toma e mostra-me que meu amor aumenta a cada minuto.
Já não me entendo. Apesar de manter tudo no lugar. Sinto-me confusa.
Queria-te ao meu lado para me saborear das certezas. Para provar a mim mesma, o que é certo: amo-te agora e sempre, mesmo que tu deixes de me amar.
Não sei por onde tu andas. Olhei em teus olhos na única e última vez que nos encontramos e, soube: já não lhe conheço.

O que nós estamos fazendo com nós mesmos?

* * *

Os dias passam depressa. As noites é que são lentas e dolorosas.

3 comentários:

Anônimo disse...

Meu post de hoje acho que retrata esta ansiedade ..

( eu não me afasto do que me mutila)

Acho que é isto!

beijoos bom dia ....

Anna Mantovani disse...

Doe...e como doe...e como demora....
mas passa,como diz CFA:
"[...]e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez' "


beijo0sssssss

adoro estar aqui!

Anônimo disse...

Meu Deus! Como Pode? Você escreveu cada detalhe do que sinto e do que estou vivendo,nossa!
Parabéns,belo texto!
Deus te abençoe.