“É claro que procurei. Como sempre, eu procurei aquilo que acabaria comigo. Eu sabia quem tu eras e como eras, mas eu precisara descobrir teu coração. Precisara tocar o teu corpo, estar em teus braços, escutar tua voz baixinha em meu ouvido. Precisara de alguém que pudesse me fazer pulsar. Porque é assim que começa: – os dois não se conhecem e fazem pré-entendimentos sobre o outro, conversam, resumem a vida em algumas palavras, os olhares se encontram e a ausência tortura. E mesmo sabendo que seria impossível dar certo, a gente tenta.
Menino, quando se entra numa relação se deve aceitar a outra pessoa como ela é. Nada de cobrar mudanças. As mudanças são naturais. O amor modifica e as transformações aparecem com o tempo. – Não te quero de outro jeito, te quero assim: num fim de tarde, sem compromisso, sem cobranças, sem regras, só por ser.
Vou sim pular nesse buraco. Procurara por alguém que me derrubasse, hoje só quero alguém que pule comigo.”