Se eu gosto de amores estranhos? Pois como não gostaria? Sou intensa. Movida a dramas. Nada que não me arranque os cabelos me interessa. – O que me atrai são os noveletes mexicanos. – Preciso de um mocinho e mil motivos que me separem dele para viver, viver de amor[es].
A realidade é que sou só. Me criei para ser da rua. Fui mocinha educada, mas o meu destino estava escrito: “maluca”. Poucos amigos, pouca conversa, estressada sobre a mesmice, coração partido para poder escrever. Escrever sobre a vida. Palavras que pudessem trazer esperança a quem já sofrera. Palavras que descrevessem o amor bonito que movera minha alma. Palavras simples, porque sou sem códigos. Fácil de ler.
Não acredito em mistérios. Não possuo segredos. Cambaleio na ambiguidade das frases que uso no dia-a-dia. Tenho preguiça de expor opiniões. Tenho tédio de quem sabe tudo. E não pretendo ter motivos para tudo o que faço. Sei que o verbo “fazer” é relativo. Cada um faz da maneira que quer.
Gosto de tudo que é visível. Formas físicas, geométricas, abstratas. Que se toca, se escuta e que se sente. Principalmente que se sente.
Sou sensível. Não sei não sentir com o corpo todo. Minhas mãos interagem diretamente com meus ouvidos. Minha pele sofre as reações de minha visão. O que posso ver, quero poder tocar – sentir, ter, ser, permanecer e viver.
Sinto medo ao notar passos de saudade. E os encorajo para meia-volta a qualquer momento. Sou cheia de pontos finais, mas, por enquanto, só escrevi um capítulo. – Sou alegre. – O que mais gosto é que, mesmo parecendo triste, eu vivo sorrindo por aí.
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